˖࣪ ❛ DESCULPAS NÃO ACEITAS
— 10 —

ROSALIE ENTROU NO quarto de Meredith com Emmett para vê-la dormindo em seu berço, a garotinha estava abraçando seu bichinho de pelúcia Scooby Doo com força e a loira se aproximou para cobri-la com o cobertor.

— Oh, Emmett. Eu não sei o que aconteceu comigo. Eu não deveria ter duvidado dela. — a loira disse arrependida enquanto seu marido acariciava suas costas.

— Falaremos com ela antes de partirmos amanhã. — Emmett disse tristemente, olhando para as bochechas molhadas de Meredith contra a luz. O jovem acariciou um deles e a menina se mexeu em seus sonhos.

Na manhã seguinte, Meredith se levantou e tentou sair do berço sozinha, então Alice apareceu e a ajudou.

— Deixa eu te ajudar, raio de sol. — disse a duende Meredith lutou um pouco com ela, dizendo 'não' para sua tia, mas Alice já a havia pegado nos braços antes de deixá-la no chão. Meredith foi até o banheiro com um pequeno agradecimento.

Foi no momento em que Rosalie e Emmett estavam na porta, Meredith saiu do banheiro com um pedaço de papel para limpar o nariz e viu seus pais e sua tia em seu quarto. Então Meredith pegou a mão de Alice para caminhar com ela até a porta onde seus pais estavam.

— Bom dia, princesa. — Emmett cumprimentou com um sorriso, mas Meredith não retribuiu o gesto, ela apenas esperou até que Alice estivesse do lado de fora para fechar a porta na cara deles. — Sim, ela está com raiva. — disse o vampiro, vendo como sua irmã e esposa olhavam para ele. — Ei, Jasper, tente falar com ela, sim?

Então o loiro se aproximou da porta e bateu de leve com os nós dos dedos.

— Querida, posso entrar? — o vampiro perguntou e tudo que ele ouviu foi 'Não!' bastante forte de Meredith.

Edward se aproximou dos irmãos e viu todos reunidos na porta do quarto da menina.

— Mer, posso entrar? — Edward perguntou e Meredith abriu a porta instantaneamente. Quando Rosalie iria dizer alguma coisa, Meredith empurrou a porta com sua mão pequena e trancou-a ficando na ponta dos pés.

Edward parecia divertido com a situação, mas Meredith se recusou a falar com qualquer pessoa além dele.

— Você não vai sair do seu quarto o dia todo?

— Não. — ela disse procurando os sapatos que usaria naquele dia. Edward ajudou-a a colocá-los.

— Sua avó fez seu café da manhã favorito... — Edward disse chamando a atenção dela. — Você vai tomar café da manhã comigo? — ele perguntou e ela pensou sobre isso antes de dizer sim.

Todos ainda estavam lá quando Meredith e Edward saíram da sala, Meredith puxando suavemente a mão de seu tio e ele foi o único autorizado a estar perto.

— Bom dia, pequeninas — Carlisle cumprimentou com um meio sorriso, Meredith se distraiu de suas panquecas em formato de Mickey Mouse para ver seu avô. Um pequeno bom dia foi devolvido, mas só isso.

— Você quer mel nas suas panquecas? — Rosalie perguntou e Meredith pegou o pote de mel em forma de urso e entregou a Edward para ele servir.

— Meredith... — Rosalie chamou suavemente. Mas sua filhinha não prestou atenção nela, ela apenas prestou atenção no fato de estar saboreando suas panquecas.

Na hora de ir embora, Emmett foi o primeiro a se despedir da filha, que mexeu a cabeça para evitar que o pai beijasse sua bochecha, que a havia puxado da cadeira, mas Meredith lutou com ele antes de se libertar de seu colo e ir com Edward agarrada em sua perna.

Emmett parecia bastante magoado por ela não querer estar perto dele. Mas ele entendeu, eles tinham sido duros com ela e não tinha sido culpa dela.

Então Meredith se despediu de Edward, deixando um beijo em sua bochecha. O homem de cabelos acobreados saiu de casa e foi até o carro para aquecê-lo enquanto seus irmãos tentavam se despedir de Meredith.

— Nenhum beijo de despedida para mim, querida? — Jasper perguntou e Meredith olhou para ele rapidamente antes de sair da cozinha. — Acho que não... — disse o jovem, levantando-se. Alice olhou para ele com tristeza, mas eles haviam falhado com ela, afinal, Meredith confiava neles para defendê-la, mas eles não o fizeram, apenas olharam para ela com desaprovação e a deixaram subir para seu quarto castigada.

— Você quer assistir TV no paraíso? — Esme perguntou quando viu a garotinha na sala assistindo fora da tela.

— Punida. — disse ela, pronunciando antes a palavra "punida", antes de se sentar no sofá com grande dificuldade, pegando o livro de histórias de princesas que Eduardo havia comprado para ela.

— Não, minha vida. Você não está punida... — Rosalie disse se aproximando rapidamente mas Meredith apenas enterrou seu rostinho mais fundo no livro, ela não sabia ler mas ela gostava muito dos vestidos das princesas, e dos animais coloridos com carinhas amigáveis que sempre Eles os acompanhavam. — Você não vai se despedir de mim?

Então Meredith se cansou de ser incomodada e se virou no sofá, deixando a barriga contra a superfície plana do sofá antes de deslizar para o chão, pegou seu livro e foi até a varanda mais distante da casa.

— É incrível que ela seja tão teimosa... Ela tem 2 anos! — Rosalie expressa ao entrar no Volvo.

— E com quem você acha que ela se parece? — seu marido perguntou do banco do passageiro quando Edward começou a dirigir.

Os Cullen gostariam de dizer que o descontentamento de Meredith durou pouco, mas não foi o caso. Esme estava sentada no outro sofá da sala enquanto Meredith assistia aos Flintstones, então ela sorriu.

— Acho que eles estão aqui! — Esme disse com um sorriso levantando-se.

Meredith estava prestes a sair, mas ela não viu nenhum de seus tios ou pais, mas sim seus tios de Denali.

— Onde está meu pequeno raio de sol? — Carmen perguntou animadamente ao entrar na casa. Então Meredith levantou-se do sofá e estendeu os braços em sua direção. — Ah, aí está você e ficando mais linda!

— Onde estão seus tios e seus pais, querida? — Eleazar perguntou e Meredith franziu a testa.

— Maus. — ela disse e todos ficaram surpresos.

— Eles fizeram alguma coisa com você? — Tanya perguntou se aproximando e Meredith assentiu, ela estava disposta a contar sua história. — O que eles fizeram com você na minha vida?

Então Meredith disse a eles (ela meio que disse a eles), ela ainda não falava bem e as palavras que eles entendiam não faziam sentido, doce, bolsa, bronca, guaxinim. O Denali olhou para Esme em busca de ajuda.

— Um guaxinim roubou um saco de doces do escritório de Carlisle e pensamos que era Meredith. Rosalie a puniu e ela não fala conosco. — explicou a matriarca do clã.

— Ai, minha pequena. — Carmen disse abraçando-a enquanto Meredith suspirava.

— Você quer que eu lhes ensine uma lição? — Kate perguntou e Meredith assentiu.

Naquele momento o Volvo estacionou e Meredith ouviu a voz do pai, então ela saiu das pernas de Carmen e saiu sob o olhar atento de todos.

Quando todos entraram, ficaram surpresos ao ver o Denali ali na sala. As mulheres do clã olharam para eles com a mesma expressão irritada.

— Ei, foi apenas um mal-entendido. — disse Emmett, levantando as mãos.

— Um mal-entendido que fez sua filha fugir da sala, Emmett! — Kate exclamou irritada. — Agora se me dá licença. Vou com minha sobrinha, tenho certeza que serei a favorita agora. — disse a loira, passando.

— O que vocês estão fazendo aqui? — Rosalie perguntou curiosamente.

— Acabamos de decidir visitar nossa sobrinha. — disse Irina, cruzando os braços.

Quando chegou a hora de comer, Meredith sentou-se bem perto de seu tio Edward e Carmen Denali, Emmett e Rosalie olhando para ela com desconfiança.

— Você não vai nos perguntar como nos saímos hoje? — Emmett perguntou à filha, mas ela se virou para olhar para Edward.

— Como está a escola hoje? — ela perguntou. Kate achou adorável o uso de palavras cortadas, já que ela ainda não conseguia pronunciar bem os C e pronunciava os S com Sh.

— Bem, correu muito bem, amor. Obrigado por perguntar. — disse ele com um sorriso enquanto cortava os legumes em seu prato. — Como foi para você? — ele perguntou e ela então contou sobre seu dia, Edward a entendeu perfeitamente por causa das imagens em sua cabeça, ele tinha visto Scooby Doo, os Jetsons, os Flintstones e um show muito estranho sobre um cachorro vermelho gigante.

Todos assistiram a interação com saudade, sentiram tanta falta que Meredith correu para vê-los quando chegaram em casa ou que encostou o rosto no vidro da janela ao ouvir o carro chegar, ou que conversou com ela sobre o programa que viu no TV. Infelizmente, Meredith não pretendia falar com eles por um tempo.

Quando o Denali foi embora, Meredith se refugiou em seu quarto ou no quarto de Edward desenhando enquanto ele fazia o dever de casa.

— O que você desenhou? — Edward perguntou observando-a largar os lápis de cor. — Sou eu? — ele perguntou com um sorriso ao ver que o desenho era sobre ele e ela. — Ficou lindo... Quer que eu cole?

E não preciso mais pegar Meredith nos braços e procurar uma fita. Cada membro da família Cullen tinha pelo menos 20 desenhos feitos por Meredith em suas paredes, além de centenas de fotos dela e dela enfeitando-as.

— Vamos conversar. — Edward disse sentado em seu sofá com Meredith no colo. — Você sabe o quanto eu te amo, certo? — ele perguntou e ela assentiu. — E você sabe o quanto seus pais, seus tios e seus avós amam você, certo? — Meredith encolheu os ombros. — Eles te amam muito, Mer. — o jovem disse olhando nos olhos dela. — E parte do que você tem que aprender na vida é que as pessoas cometem erros e o importante nisso é reconhecer isso. — explica suavemente. — Eles querem se desculpar com você. Eles se sentem muito mal com o que aconteceu.

Meredith então baixou o olhar e começou a brincar com os botões da camisa de Edward.

— Você acha que pode dar a eles uma chance de se desculpar? — o leitor de mentes perguntou baixinho, penteando delicadamente seus cabelos loiros que estavam soltos formando pequenos cachos. Meredith balançou a cabeça e Edward suspirou de frustração antes de encostar a cabeça no encosto do sofá. — Tudo bem, você e eu vamos trabalhar no perdão.